domingo, 20 de maio de 2012

Nós

Hoje lembrei de vocês, na verdade, o melhor mesmo é dizer que "revivi nós". Eu sempre lembro, sempre carrego vocês comigo. Mas hoje eu revivi nossas histórias, nossas loucuras de família. Eu sei quem eu sou e quem vocês são, no meio de tanto ser e saber, sei quem nós somos e amo a gente. As roupas foram ficando parecidas, o jeito de lidar com a vida, a forma coletiva de rir e fazer piada. Cada uma única, cada uma na sua subjetividade tão comum entre todas nós. Nos tornamos irmãs de alma, colegas de apartamento, confidentes, parceiras nos detalhes. E na ânsia de sempre definir tudo, penso em quem fomos e nos tornamos, penso nas qualidades e defeitos, nas brigas, incertezas, amores e outras coisas mais. Não há definição à altura, não há vida inteira que supere tudo que vivemos. É somente e tudo isso, somos "nós". A definição mais vaga pra um amor maior do que meras palavras soltas por aqui. Hoje revivi nós e amei tudo.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Absurdo

Nem parece, mas já faz bastante tempo desde que aprendemos a dar os primeiros passos olhando em frente ao invés de cuidar o chão. Não parece também, mas aparentemente gostamos de regredir nesse fato. O que tem de gente cuidando do chão, pechando nas pessoas em volta, nem notando o que está em frente, é um número absurdo. Um número absurdo pra uma individualidade absurda.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Que venha quente...

A cidade está ficando com cara de inverno, acinzentando aos poucos. Em contrapartida, parece que a esperança ainda anda encontrando uma forma de se renovar e dar as caras. Não quero dar muito lugar à esperança tão cedo, mas, pelo andar da carruagem, tem sonho renascendo, alegria se renovando e gente, que há muito não se via, enxugando as lágrimas e sorrindo. Não quero ser muito antecipada, mas acho que nunca vi um começo de inverno que tenha aquecido tanto o coração e colorido tanto a vida em volta. Que esse inverno venha, mas venha quente interiormente. Que o gelo de fora não atinja o interior, que somente a pele sofra, mas que o coração resista. Afinal, mesmo não querendo apressar nada, esperamos logo ver os primeiros frutos de uma primavera que não tardará em nos alcançar.