domingo, 31 de outubro de 2010

Nós somos loucos, e somos muitos



Nós somos loucos pra quem convive conosco, vivemos conforme os pensamentos de Alguém invisível, falamos o tempo todo com "o nada", lemos diariamente um livro escrito a milhares de anos atrás, acreditamos em milagres, dizemos 'não' para o "normal".
É, nós somos loucos, fazemos tudo isso. Nos chamem de fanáticos, burros. Digam que desperdiçamos nossas vidas, que somos inconsequentes. Nós servimos a um Deus, pedimos tudo pra Ele, vamos contra a multidão, fugimos dessa loucura da juventude de hoje, corremos do que a maioria julga ser normal.
Nós somos loucos por Deus, que nos ama incondicionalmente. Nós buscamos a vontade de Deus, que é a melhor sempre. Nós falamos com Deus o tempo todo, e Ele nos ouve. Nós vivemos como lunáticos, como pessoas diferentes da maioria, mais felizes que a maioria, com motivos pra sempre sorrir, sem medo do futuro ou do presente, com a felicidade única que encontramos em Deus.
A procura de todo mundo são, geralmente, três coisas: felicidade, ser diferente da maioria e fazer alguma diferença no meio em que se vive. Sabe a única forma de conseguir alcançar esses três alvos? Ter uma vida dentro da vontade de Deus. A tendência não é ser diferente? Nós, com toda certeza, somos.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Those will be the best memories


Já faz quase um ano, vocês notaram? Eu comemorei a virada do ano e de repente estou em outubro, sem vocês. E, apesar de ter acostumado com a rotina, não é mais a mesma coisa. Sinto falta de vocês mais até do que conseguia imaginar. Resolvi ver velhas fotos, os vídeos que nós fazíamos. Nos encontrei tão diferentes que foi difícil de aceitar, em um pulo tudo mudou e eu nem vi. Cada um está no seu caminho, fazendo faculdade, trabalhando, tendo novos amigos, não sei se sobra tempo pra quem nós fomos um dia, acho que a vida meio que cobriu o que nós costumávamos ser. De um lado isso fez total diferença, amadureceu nossas mentes, fortaleceu. De outro lado nós perdemos grande parte de tudo que construímos em anos, nós éramos uma família e isso, de alguma forma, se perdeu em meio a tantas mudanças e exigências.
Não dá pra parar, nem voltar, nem nada. Eu raramente relembro, como se pudesse sufocar com a lembrança e a saudade apertada. Resolvi deixar tudo em um canto, sem mexer. E talvez essa tenha sido minha pior decisão, porque estou aos poucos matando o que me resta de lembranças.
Quando resolvi dar uma voltadinha ao passado entendi que não existe essa coisa de apagar tudo, esquecer, tocar a vida. Existe a saudade, muitas vezes camuflada, mas existe. E, mais uma vez, preciso deixar vocês irem novamente. É isso: vão, mas não esqueçam de quem nós um dia fomos, a saudade não vai permitir.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Pra fora


Fazia um tempão que eu não chorava daquela forma. Chorei de desaprovação, de dor, de desespero, de raiva, de amor demais, de amor de menos. Chorei muito e pausadamente. A cada cinco passos era uma necessidade de sentar e chorar, só chorar.
É aquela coisa, as pessoas acham que chorar não é bom, não faz bem, mas acalmou meu desespero, me fez pensar. Nao guardei a dor, não poupei nada, nem um soluço sequer. Chorei querendo colocar tudo pra fora, porque fazia tempo que muita coisa estava guardada. Chorei por coisas perdidas, por palavras duras, por não me darem ouvidos.
E depois, mesmo com olhos pequenos e olheiras profundas, me senti aliviada. Foi somente ali, com os ombros pra baixo, os cabelos escondendo meu rosto e as lágrimas caindo no chão, que eu consegui finalmente colocar tudo no seu devido lugar. Entendi que a culpa não era minha, que eu só podia aconselhar mas nunca decidir pelas pessoas. Decidi largar tudo com Deus, de novo e de novo.
Uma sensação de paz me inundou, aquela paz que excede todo entendimento e que estava batendo na minha porta. Embora as olheiras ainda não tenham desaparecido, nem eu tenha visto tudo ser resolvido em todas as situações, uma coisa eu sei ao certo: aquela paz não vai embora.