Não é só caminhar, só passear, só sair de casa; é bem mais que "só" isso. Me deparei com a pequena verdade de que gosto daquilo que poucos veem e muitos passam batido. São aquelas frases que se ouve em uma conversa paralela, uma bola gigante daquelas com neve dentro, uma criança que te dá oi sem nem ao menos te conhecer. É "só" isso, mas é muito pra mim. Não que as situações que chamam a atenção geral não me façam olhá-las. Mas é que essas meio escondidas e tão mais comuns me parecem importantíssimas também. Como a cena da foto, não pude deixar de notar esse menino tentando arrancar o cercadinho da decoração de natal do shopping para alcançar o pinguim em sua frente. Esse menino se esforçou durante um certo espaço de tempo para tentar alcançar de qualquer forma aquele pinguim, nem que fosse somente um dedo e por bem menos tempo do que o de seus esforços para chegar até ali. Aquele pequeno espaço de tempo arrancou uma risada de mim, até deu tempo de pegar a câmera e registrar.
A simplicidade é o que me chama a atenção. Não somente o fato de ela andar esquecida por nós, mas também o fato de que ainda tem muita gente que vive somente dela, como o menino que, provavelmente, sairia com um sorriso de orelha à orelha por ter alcançado o pinguim da decoração.