Eu sei que eu moro há algumas quadras daí, desse lugar que durante anos eu chamo de casa. Eu sei também que eu vejo vocês quase toda semana, um dia ao menos em cada uma delas. Sei que o amor não diminuiu, que ele cresceu mesmo com a distância parcial entre nós. Eu sei de tantas coisas, que fica difícil dizer todas elas, fica difícil exprimi-las em pensamentos carregados de sentimento. Mas eu as sei, hoje, talvez, mais do que nunca. Eu sei como é querer correr pro abraço apertado e seguro de vocês e muitas vezes não o ter ali, do ladinho, pertinho de mim. Sei como é querer contar uma novidade e ter que esperar alguns dias para contar pessoalmente. Sei como é querer conselhos em horas críticas e consegui-los pelo telefone. Ah, eu sei, sei sim. Eu sei também como é não ter a comida com gostinho de comida caseira, como é não ter os sapatos emprestados, os cafés juntos no meio da tarde, as horas de conversas profundas e as horas de ficarmos todos parados, juntos. Senti tanta falta disso durante esse ano que durante muito tempo acreditei que não iria me acostumar. Mas aí o tempo passou e eu acostumei, até porque essa era a opção que eu tinha. Mas agora, que falta tão pouquinho pra voltar e ter tudo isso novamente, só consigo pensar em uma coisa para dizer a vocês: me esperem, abram novamente as janelas do meu quarto, façam planos e me incluam novamente. Me esperem, eu estou quase chegando.
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