Não adianta, tem gente que nasce com memória muito limitada. É necessário, dessa forma, que essas pessoas, como eu, optem pelo que querem guardar na memória. Felizmente para alguns, infelizmente para tantos outros, eu optei pela minha cultura seletiva. Não sei nada de política, mas nada de nada mesmo; nunca fui persistente o bastante para acompanhar campeonatos de qualquer esporte que seja; pouco assisto aos telejornais que, convenhamos, só mostram tragédias; e jornal eu leio todos os dias, a parte que fala sobre música, cinema, novelas e algumas crônicas. Sim, a maioria acha decepcionante não ter conhecimento sobre o que anda acontecendo ao redor, mas, na verdade, eu até sei, mas escolho por não discutir sobre nada disso; e isso ainda não me fez falta. Gosto mesmo é dos personagens fictícios, de analisar expressões faciais, chorar no fim dos filmes, dar risada lendo meus livros. Gosto de me apegar aos personagens das minhas séries favoritas, sem os abandonar entre uma temporada e outra. Gosto de largar meu livro à noite e no outro dia terem fatos diferentes com os mesmos personagens já amados por mim. Da mesma forma a música me move, mais do que deveria talvez. Conheço e gosto de uma infinidade de bandas e cantores; quase não tenho preconceitos com estilos e ritmos. Gosto das minhas músicas, não as que eu faço (por mais que, por vezes, tenha dado umas arranhadas como compositora), mas as que me acompanham. Desde que consigo me lembrar eu sempre acordei com alguma música na cabeça, desde aquelas que ouvia quando criança até as que grudavam na minha cabeça sem querer. E é bom, gosto de viver com música rodando na minha cabeça, definindo os momentos, fazendo parte dos meus dias.
Eu optei pela minha cultura. Que pode parecer pouca, talvez até seja, mas me move e me faz feliz. E, enquanto eu viver, sempre recorrerei para as frases encontradas em meio aos meus livros; sempre me apegarei aos personagens de seriados e até os defenderei quando forem criticados nas rodas de conversa; e sempre, sempre mesmo, terei música tocando dentro de mim, fazendo trilha sonora pra minha vida de cultura seletiva.
"E, enquanto eu viver, sempre recorrerei para as frases encontradas em meio aos meus livros..." me vi nesta situação heheheh.... #tbmfaçoisso
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