quinta-feira, 29 de julho de 2010

Filosofia Barata, mesmo.


Vamos falar sobre 'não amor'. Isso mesmo, a ausência da melosidade, do carinho, dos abraços, do afeto, da devoção, da necessidade de outras pessoas. É, não vai rolar, já estou falando de amor ao invés do oposto.
Mas agora, falando mais sério. Tem dias que eu fico meio revoltada com esse 'love is in the air' permanente da raça humana, me indigno com as coisas bonitinhas, com a minha própria menção de falar algo do gênero e tudo mais. Não sei porque e nem pretendo saber.
Mas aí comecei a pensar no amor em proporções maiores e comecei a parar com a minha revolução contra ele. Pensem o seguinte (eu sei que é meio exagerado, mas faz sentido num geral) se não houvesse amor, de nenhuma forma, não existiria nada do que estamos acostumados. Os exemplos pra isso deixo à gosto de cada um, só achei algo com uma dimensão muito grande. Então, yes, viva o amor, não importa qual.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amigo?


Um amigo meu (amigo mesmo) terminou com o meu dia hoje, no sentido bom da frase, porque tem um. Me fez pensar sobre o significado de amizade, talvez um significado que eu estivesse deixando se perder no meio de tantas palavras soltas. E amizade não pode ser uma palavra que se perde assim, de graça. Se for perdida precisa ser recuperada, e logo.
'Amar e defender' foi o que meu amigo me falou. Duas ações praticadas numa amizade. Foram palavras fortes, o suficiente para me fazerem repensar meus conceitos. Primeiro: é difícil falar 'eu te amo', por isso deixo apenas pra me esforçar pra falar isso quando é real. Segundo: defender é dar a cara à tapa, estar do lado quando a pessoa estiver fraca, sofrer junto e não só lutar e ter vitórias. Ou seja, eu só amo e defendo algumas pessoas. Porque amizade é algo necessariamente recíproco. É um relacionamento onde ambos os lados se esforçam para mantê-la, onde criticar faz parte tanto quanto elogiar, onde sinceridade e cumplicidade são essenciais.
Ainda assim, com todas essas verdades, tenho o privilégio de ter vários amigos. Não tantos quanto o orkut tem por limite, nem tantos quanto minha agenda no celular cabe ou meu msn é capaz de suportar. Mas o suficiente pra me sustentar, puxar minha orelha, reclamar das minhas atitudes, elogiar minhas habilidades, me incentivar, caminhar lado a lado. E caminhar lado a lado não é pra todo mundo, são para os amigos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Just change it...


...cause you want it.
'Ser feliz. Viver bem consigo mesmo, transmitir isso ao se relacionar com os outros. Parar de esperar por um futuro que pode ser vivido no presente, não deixar tudo pra depois. Ser uma pessoa confiável, se achar confiável. Guardar segredos dos outros, procurar não ter tantos segredos assim. Ser mais aberto, mais expressivo. Ter menos medo de se mostrar, menos frases feitas, menos motivos pra brigar ou ficar irritado. Viver com saúde, calma, em paz com tudo. Ser menos estressado, descansar sempre que possível, aproveitar oportunidades únicas.Rir sempre, até da própria desgraça. Saber que promessas de 'pra sempre', na maioria das vezes, são meras ilusões. Não se desesperar tanto, não dramatizar tanto, não chorar tanto. Fazer piadas toscas e rir durante dias ao lembrá-las. Levar a sério somente o necessário. Cuidar de quem se ama. Não se prender a coisas pequenas e ruins. Usar uma lente de aumento definitiva ao olhar para momentos bons. Ler bons livros, ouvir músicas de todos os tipos. Viver um pouco na fantasia, mas não tanto a ponto de se perder. Ser alguém que você mesmo admire. Parar de viver para os outros, mas viver sem culpas. Correr atrás de felicidade eterna. Ser mais sincera com seus próprios sentimentos. Fazer algo de bom pelas pessoas que precisam dessas atitudes. Se contentar com coisas mais simples. Não aceitar seus defeitos, mas mudá-los. Se aproximar sempre mais de Deus.'
A lista de fim-de-ano crescia a cada ano que passava. Algumas das coisas que ela citava até aconteciam, mas a maioria das vezes eram finitas. Ela se esquecia com frequência do que precisava ser feito para viver melhor e com mais qualidade. Sabia também que seu desejo era a perfeição se parasse para ler tudo o que havia escrito. Mas esse ano ela mudara o foco. Ela não iria mais aumentar a lista, iria riscar dela o que se concretizava. Esse era o único desejo para aquele ano e ela iria conseguir.

No mapa do meu nada


Tô aqui sentada sem saber o que pensar ou falar, fazem uns bons minutos. Não sei se eu choro, se falo alguma coisa, se coloco uma música que me faça extravasar ou se fico em silêncio. Na dúvida eu não faço nada, nem pensar eu penso, porque até isso causa alvoroço (interno, no entanto). Eu tô aqui esperando um lampejo de sabedoria, uma luz vindo sobre a minha cabeça como se fosse algo mágico. É isso, eu estou esperando por uma mágica que não acontece. Eu me olho de cima e me acho ridícula nesse papel, querendo um mundo melhor onde nem eu me encaixaria com essa minha imperfeição. Mas querer nunca foi poder. Nunca vai ser. E quando é, as pessoas (geralmente, quase sempre) escolhem errado. Não tem muito mais o que falar, tem coisas que são uma droga e eu, sozinha, não sou ninguém pra conseguir mudar. Por isso eu tô aqui, simplesmente isso. Tô sem saber o que fazer, pensar, agir. E, na real, nem quero. Só quero ficar aqui um pouquinho mais, tô com preguiça de decidir alguma coisa.
p.s.: Cássia Eller anda me admirando ultimamente, encontrei o nome pra esse post em uma música dela, talvez não diga nada com nada e nem faça sentido, mas ao menos é bonito.

domingo, 11 de julho de 2010

Entre nossos mundos


Proteção de pai, ciúmes de irmão, amor de algo acima de mero amigo e abaixo de um amor fraternal. Um amor difícil de explicar, mas impossível de não se sentir. Eles não eram e nunca foram perfeitos um para o outro, não havia absolutamente nada de conto-de-fadas na realidade que englobava-os. Eles eram totalmente opostos visivelmente e iguais em detalhes que só eles sabiam. A teimosia caracterizava ambos, o caráter forte, a opinião própria. Eram esses detalhes que os afastavam, sim, a semelhança os afastava. Afinal, a relação que eles tinham era algo que pessoas normais não entendiam, só eles.
Eles conseguiam manter sua palavra um com o outro, viver relativamente bem sem o outro, tudo pra mostrar que ao menos sua teimosia era verdadeira. E eles precisavam de algo verdadeiro em que se agarrar, mesmo que significasse mais uma das milhões de despedidas entre eles.
E no fundo eles sabiam que apesar das discussões, birras e desentendimentos, o que eles mais queriam era que isso passasse logo pra voltarem a se falar. A cada conversa eles se descobriam mais, conheciam partes ocultas de suas mentes e sentimentos encravados em cada coração. Era como se ele fosse o espelho da alma dela, e vice-versa.
E, era sim, uma maneira torta, meio assustadora para quem passava próximo, mas era importante para eles.
E, embora eles não se falassem há tempos, ela se lembrava constantemente dele, e ele, dela. Não era um amor daqueles de 'felizes para sempre', nem de casais, nem de família, nem de nada conhecido e tachado pelos outros. Era algo deles e não tinha rótulos.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

'Mera lembrança da esperança...


...de te ver voltar de novo.'
- Conversa comigo? Conversa comigo só um pouco, o suficiente pra que eu consiga dormir por um tempo. Conversa comigo só pra tentar dividir um pouco tudo isso?
Não existe drama algum nisso, o fato é que muitas pessoas vêm e vão. A maioria, ultimamente, tem ido, eu sei. Mas ainda assim, é a vida, são os planos de Deus, é o que deve acontecer. O que sobra não é dor, é saudade. Cada pessoa que permanece em, nossas vidas, nem que por uma pequena parcela de tempo, deixa um pouco de si. Um vestígio eterno, que não se apaga nem diminui. A saudade é constante, ela só vai deixando de ser tão intensa, mas nunca morre. E pra essa saudade, distância, partida e espera, não precisamos fazer drama algum. Porque, como diz uma amiga minha, eu tenho toda a eternidade pra reencontrar essas pessoas.
Mas enquanto a saudade ainda me castiga com fisgadas fortes e, vez por outra, algumas lágrimas, conversa comigo? Me fala sobre a vida, sobre o tempo, sobre sonhos impossíveis. Distrai minha mente só por um instante, até que tudo isso se acomode? Conversa comigo?

domingo, 4 de julho de 2010

Here


Tá vendo essa lágrima? É, essa mesmo, que cai do meu olho. Eu já senti esse mesmo gosto amargo inúmeras vezes. A dor da partida.
Tô cansada. Cansei disso, das pessoas que eu amo indo viajar me deixando com um buraco super legal no peito. Eu sei que é total egoísmo meu, mas queria tanto que cada uma voltasse agora. Chega dessa história de Estados Unidos, Alemanha, São Paulo, Belo Horizonte. Chega disso, quero todo mundo aqui e quero agora. Quero o abraço de vocês sendo algo possível nesse momento, as risadas, o tempo investido em ambas as vidas, o sorriso de vocês presente, a lembrança recente, as fotos renovadas. Eu quero tanto vocês perto, tão pertinho de mim que seja difícil me fazer desgrudar. Eu amo tanto vocês! E meu egoísmo me faz pensar que essa distância é injusta, que essa saudade não cabe só em mim. Por isso eis o que tenho feito: espirrado em todos à minha volta a saudade que me aflige.
E o que isso muda mesmo? Ah é, nada.

sábado, 3 de julho de 2010

Me deem licença


Talvez esse seja o grande motivo, ando ocupada demais sendo feliz. Deixei meus problemas num lugar exclusivo e bem delimitado e fui. Me permiti ser feliz, cansei de ser aquela que se preocupava sempre com todos os problemas. Parei pra refletir: será que os problemas são tão grandes a ponto de me sobrecarregarem somente ao pensar neles? Não, era eu quem os tornava enormes. Dei um tchau pros problemas, pras preocupações, irritações. Disse um adeus pra isso e corri pra felicidade que estava ali comigo o tempo todo. Usei uma lupa pra aumentar a felicidade, tornei os compromissos mais divertidos, permiti-me viver a felicidade pra qual eu fui criada. Porque ninguém (eu disse ninguém) foi criado pra ser triste, pra chorar o tempo todo, se preocupar demais, ser sufocado pelo trabalho ou viver sempre frustrado. Existe uma felicidade ali, ali do lado, bem próxima a cada um de nós. Uma felicidade que dura pra sempre, com luzes piscando pra chamar a atenção. Existe um Deus que quer nos ver sorrir e nos dá todos os motivos pra isso. Do nosso lado temos duas opções claras: os problemas ou uma felicidade eterna e gratuita. A escolha, olhando assim, é estupidamente fácil, mas tem gente que escolhe errado. Eu já fiz a minha escolha e dentro dessa felicidade eu encontro sabedoria necessária pra resolver os problemas. Agora falta o resto de nós escolher. Mas enquanto vocês escolhem, me deem licença, vou ali ser feliz e já volto.